Há 5 anos engravidei e parei de pintar por conta da toxicidade do material, resolvi me dedicar completamente à maternidade. Nesse período, pensei em me pintar gravida flutuando no rio e cercada pela natureza. Nunca registrei esse momento, Leon nasceu, cresceu e a vida de mãe dominou completamente o meu tempo e meu ser.

 

Fiquei gravida pela segunda vez, de uma menina, Marie. Ela nasceu e com ela nasceu também a mãe que ensinaria uma menina a ser mulher. Adentrei no feminismo, me senti empoderada, percebi que os padrões que a sociedade impunha sobre meu corpo não faziam sentido, ele era simplesmente perfeito: gerou, pariu e nutriu meus filhos. 

 

A cena da mãe envolta na água estava presente, ainda me sentia muito próxima da sensação de imersão, mas ela não fazia mais sentido na vastidão do rio gelado, como abrigaria e aconchegaria minha cria nesse lugar? A natureza veio em forma de casa, na banheira acolhida com minha filha podíamos aproveitar o nosso momento de solidão compartilhada. 

 

“Sweet Disposition” 

(Marjô Mizumoto e Marie Yuki Mizumoto Gomes)

 

Marjô Mizumoto

2020

Óleo sobre tela

180 x 120 x 5,5cm

(Coleção particular Lilian Gonçalves)

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